Escutem a música enquanto apreciam a pagina sobre as Catadoras de Mangaba
As catadoras de mangaba representam uma comunidade tradicional, principalmente de mulheres, que sobrevivem da coleta ou "cata" da fruta mangaba seja para comercializar e ou alimentar a família.
Em Sergipe são nomeadas e reconhecidas por legislação específica. Organizaram-se como movimento a partir de 2007, principalmente em resposta às dificuldades de acesso aos territórios da mangaba, estando presentes em 15 municípios.
Segundo Patrícia S. de Jesus, atual Presidenta da "Associação das Catadoras e Catadores de Mangaba da Barra dos Coqueiros" (ACMBC), a prática chegou ao município através de sua avó, D. Branca, que ao casar-se trouxe consigo o costume e os repassou para as demais mulheres do povoado Capuã.
Na Barra dos Coqueiros a área referente a prática do extrativismo da mangaba é de 35,58%, sendo que 29,13% é de área proibida. Os constantes loteamentos das terras onde encontram-se as mangabeiras, as proibições de acesso, impedem as catadoras de exercer seu oficio e sobreviver. Além disto ainda existe a forte pressão da atividade de hotelaria, devido ao aumento do turismo predatório na região costeira.
A Barra possui mais que uma centena de famílias vivendo da extração e comercialização e cerca de 25 trabalhando na produção da mangaba através da ACMBC, produzindo iguarias como compotas, balas, geleias, bombons, biscoitos, licores, entre outros, além de desenvolver cursos para capacitação e preservação territorial. A ACMBC está vinculada a "Associação das Catadoras de Mangaba de Sergipe" (Ascamai) criada em 23 /05/ 2009.
Na foto a fachada da Sede da "ACMBC" situada na Travessa da Lavanderia, 57, Povoado Jatobá, Barra dos Coqueiros.
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Vejam no carrossel algumas fotos do ambiente territorial da mangaba na Barra dos Coqueiros, colhidas das imagens impressas na dissertação de Mestrado de Patrícia Santos. Cliquem na foto para amplia-lá
Importantes Lideres Comunitárias das catadoras de mangaba
Dona Branca
Líder comunitária e Catadora de Mangaba há mais de trinta anos. Natural do Povoado Capoã vem repassando sua experiência na preservação e na cata do fruto. Dona Branca é uma referência social na luta pela preservação das árvores de mangabeiras em Sergipe.
Membro do Movimento das Catadoras de Mangaba de onde já foi Presidente é moradora do Povoado Capoã e atua no projeto como oficineira de beneficiamento de frutos, sendo responsável por capacitar outras extrativistas para atuarem como auxiliares de práticas culinárias.
Silvana
Assistam a este vídeo produzido pela TV da Fundação de Cultura e Arte Aperipe de Sergipe - FUNCAP/SE sobre a "ASCAMI"
