

Sobre a posse e as terras
Onde ficava esse lugar?
A história desconhecia!
Mas bem recentemente
A ciência que é mãe e guia
Veio provar pra toda gente
Que esse marco imponente
É a atual Ilha de Santa luzia
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Assim dizem que aconteceu sua 1ª povoação
Todavia a cidadela não vingou
Foi duramente atacada
A população se dispersou
Cristóvão bateu em retirada
Foi fazer sua cidade em outra parada
Mas a Ilha dos coqueiros prosperou
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Tanto que um posto fiscal foi instalado
para importar e exportar mercadoria
Durou até 1854
Ano em que Aracaju nascia
Já em 1875, por força de uma Resolução
Um decreto mudou a situação
E a Ilha dos Coqueiros virou Freguesia
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Era Paroquia de Aracaju
E repartida em povoados
Até novembro de 1953
Quando num único distrito todos foram juntados
E Barra dos Coqueiros foi o nome escolhido
Dentre outros tantos títulos requeridos.
Para ser a graça deste quinhão abençoado
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Das Gentes da Ilha
Mas terra sem gente nada vale
É como praia sem areia
Garfo sem dentes, faca sem corte
Coração sem veia
Gente é o bem mais precioso
O ouro mais caro e valioso
É pássaro raro que sempre gorjeia

Vou louvar ícones incontestes
Que contribuíram com maestria
Edificando a cultura barra-coqueirense
Com esmero, determinação e valentia
Saudemos Odilon, Mª Lígia, Creuza Gomes, Aroldo e Olinto Brasileiro
Dona Rosalva, Camilo, Maria Zelma, Duda, Ananias e Galeão festeiro
Dona Cica, José Franklin e Luiz Sanfoneiro: gente de peso e valia


Escutem a música enquanto fazem a leitura da poesia em cordel

Abaixo um poema síntese, de minha autoria, construido em septilhas de cordel. Não é sua intenção contar a "história" da Barra dos Coqueiros, mas antes, evidenciar aspectos históricos e culturais da cidade.
LEIAM!
Do Prólogo ou Do Início
Saúdo Leandro Gomes de Barros
Poeta maior que levou o Cordel do mar ao sertão
E, como ele, acredito nas palavras
Como meio de transformação
Creio na cultura, na arte e ciência
Como caminho pra consciência:
Estrada de libertação
Então peço a atenção aos leitores
Para os escritos de um poeta sem formação
Que rabiscará alguns versos
Pra mostrar a história da cidade onde retiro o meu pão
Falo da Barra dos Coqueiros
onde leciono, aprendo e tenho companheiros
A quem dedico essa narração.
Noventa anos após, ainda no séc. XVI
Onde hoje se assenta o nosso Estado
Outros europeus oportunistas
Transformavam a Barra da Cotinguiba em mercado
Trocando bugigangas por pau-brasil
Como sempre fazia a Metrópole gentil
Com os povos subjugados. Ops! Colonizados.
Começo alertando aos leitores
A verdade é amiga da razão
Esta terra não foi descoberta
Foi invadida à bala, calada pelo facão
Portugal roubou o índio gentil
Chamou a terra Pindorama de Brasil
E abriu caminho para a exploração
Da Invasão. Ops! Da Descoberta
Portugal ficou sabendo do fato
E para acabar com a festaria
Mandou para cá Cristóvão de Barros
Fundar uma povoação e dar fim a tal pirataria
Assim fez o fidalgo português
Instituindo a Capitania de Sergipe d'El Rei
E a primeira São Cristóvão então nascia
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Das mudanças e permanências

Orlando o rio Sergipe
E acarinhando o mar
A cidade floresceu pequena e pacata
Um paraíso pra se morar
Dormia-se de portas abertas
Não se tinha nenhuma tanta pressa
Até a ponte e tudo chegar

É justo aqui não esquecer:
Se a ponte promoveu grande expansão.
Progresso, dinheiro, revolução
Também causou especulação.
Crescimento desordenado.
E a desigualdade se espalhou pra todo lado
A tranquilidade cedeu ao inchaço da população
Mesmo assim hábitos antigos
Resistem para permanecer
Muitos barra-coqueirenses avesso às transformações
Ainda catam mangaba pra vender
Banham-se no rio e comem da pesca
Senta-se as portas buscando a brisa que refresca
E andam na tototó sem vento forte temer.

Viva Ivan, Pedro da Cruz, Jaconia e seu pastoril
Mestra Iolanda e o samba de coco que ela criou
Salve Zé Sacristão, Maria do Céu, Gratulino Vieira e Antônio Pirro
E outros tantos frutos que dessa terra abrolhou
Não havendo espaço neste papel
Quanto menos neste pequeno cordel
Que da minha cachola brotou

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Do epílogo ou Do final
Finalizo minha história com uma coincidência
Quando, em 1824, Barbosa mudou a Capital do Estado
A falta de um bom atracadouro
Foram dos motivos alegado
Hoje esse porto por destino ou ironia
Fica no mesmo local, quem diria
Que Cristóvão de Barros veio a construir seu primeiro povoado

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Então termino minha poesia com uma conclusão:
Diante da “Velhacap” a Barra é quase bebe
Tem só seus sessenta e alguns anos
E um tantão de chão pra percorrer
Mas pensemos: se a cidade já tem um porto
Dinheiro e povo disposto
Até Capital esta preparada pra ser!
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